Sarcopenia
Sarcopenia. Você sabe o que é?
Sarcopenia é o processo natural e progressivo de perda de massa muscular (músculos), característico do envelhecimento.
A força muscular atinge o vigor máximo antes dos 30 anos. Daí em diante, é o declínio natural que ocorre.
Os maiores inimigos da independência individual na velhice são as deficiências cognitivas características das demências e a perda da massa e das funções musculares.
A revista “Nature” traz um artigo sobre o enfraquecimento que impede os mais velhos de subir escadas, andar até a padaria ou levantar da cadeira sem ajuda, processo degenerativo que Irwin Rosemberg, da Universidade de Boston, chamou de sarcopenia, em 1988.
As causas da sarcopenia são multifatoriais: vida sedentária, queda dos níveis de testosterona, estrogênio e hormônio do crescimento, infiltração de gordura entre as fibras musculares, perda dos neurônios que conduzem o estímulo aos músculos, resistência à insulina, deficiência de vitamina D e ingestão deficitária de proteína.
As estratégias de prevenção mais estudadas têm sido as que envolvem o estilo de vida. Ensaios clínicos que investigaram a influência dos exercícios com levantamento de pesos e de força contra resistências mostraram aumentos significativos da massa muscular, em qualquer idade.
Os que avaliaram o papel do exercício aeróbico (andar, correr, etc.) concluíram que o impacto na força muscular é pequeno.
O grupo que corre risco mais alto de sarcopenia incapacitante é o daqueles que enfrentam períodos longos de inatividade, causados por doenças debilitantes, consolidação de fraturas e hospitalizações. Há uma estimativa aproximada de que a imobilidade dos mais velhos em leito hospitalar provoque a perda de até 2% da massa muscular por dia. Ou seja, perda de 30% numa internação de apenas 15 dias.
Em 2013, uma revisão da literatura realizada pela European Geriatric Medicine Society demonstrou que a ingestão de proteína é fundamental para a manutenção dos músculos. A Sociedade recomenda que mulheres e homens saudáveis com mais de 65 anos aumentem o consumo. Nos portadores de enfermidades crônicas deve ser maior ainda.