No pós-operatório imediato e na primeira noite após a Cirurgia de Prótese de Quadril, o paciente fica deitado em decúbito dorsal (de barriga pra cima) com o coxim de abdução (apoio) entre os joelhos, para não cruzar as pernas.
No primeiro dia de pós-operatório são revisadas as orientações de segurança para evitar a luxação (deslocamento) da prótese e o paciente é estimulado a sentar fora do leito (poltrona) e iniciar o treino de marcha com andador ou muletas, conforme a tolerância;
No segundo dia de pós-operatório é incrementado o treino de marcha e progressivamente a carga (peso) é liberada no membro operado, e são explicados e treinados quanto à sentar e levantar, subir escadas, etc; Se o paciente estiver clinicamente apto, receberá alta hospitalar. Deverá fazer a primeira revisão em 15 dias para avaliação clínico-radiográfica.
No 15° dia de pós-operatório são retirados os pontos de sutura e então é realizada uma radiografia de controle. Se tudo estiver bem, o paciente será liberado para deitar de lado e deverá manter uso de muletas.
No 45° dia de pós-operatório é feita nova consulta com avaliação clínico-radiográfica e, dependendo da evolução com melhora da força e destreza do membro operado, ele poderá ser liberado a dirigir e da necessidade de uso de muletas. Dependendo do trabalho e ocupação do paciente, ele poderá retornar ao trabalho.
Com 6 meses de pós-operatório é feita nova consulta com avaliação clínico-radiográfica.
Um ano após a cirurgia é feita nova consulta com avaliação clínico-radiográfica, e depois mantém-se acompanhando anualmente o paciente.
A cirurgia de Prótese Total de Quadril (PTQ) é uma cirurgia de alta complexidade, e por conta disso existem alguns riscos associados (como em todo e qualquer procedimento cirúrgico), entre eles:
– Infecção: a taxa de infecção na cirurgia de PTQ gira em torno de 1%; para evitar essa complicação são usados antibióticos endovenosos na profilaxia (iniciados 1 hora antes do procedimento);
– Luxação: o paciente é orientado desde a consulta pré-operatória sobre a posição de segurança e as posições ou movimentos que podem provocar o deslocamento da prótese; isso é revisado no 1° PO (dia seguinte da cirurgia) e sempre que se achar necessário. Estima-se sua incidência entre 1% a 3% e a maioria dos episódios ocorre nos três primeiros meses.
– Trombose Venosa Profunda (TVP/TEP): É usada medicação desde o POI (pós-operatório imediato) que promove a anticoagulação moderada para evitar a formação de trombos nas veias. São orientados exercícios nos MMII e reforçada a necessidade de sair do leito, sentar em poltrona e iniciar marcha precoce. A TVP pode acontecer pelo porte da cirurgia (grande porte) e por ficar mais tempo parado/acamado nos primeiros dias. O percentual de hospitalização nos primeiros 90 dias pode atingir 0,7% dos pacientes e os casos de embolia pulmonar podem somar 0,3%
Estudos recentes mostram que os implantes (próteses de quadril) atuais podem durar de 20 a 30 anos. Mas cada caso é diferente e depende muito da prótese utilizada.
O Conselho Federal de Medicina proíbe a divulgação de valores de procedimentos sem antes realizar uma consulta. Cada caso é diferente e existem muitas variáveis que deverão ser levadas em conta para a realização do procedimento – é fundamental realizar uma consulta.
Alguns cuidados são essenciais nas primeiras semanas após a cirurgia de prótese de quadril, que também devem ser mantidos ao longo da vida. São eles: não cruzar as pernas, não dobrar o quadril operado mais do que 90°, não girar a perna com a prótese para dentro ou para fora. Nas primeiras semanas do pós-operatório, o ideal é que o paciente durma deitado de barriga para cima, com as pernas esticadas, e uma pequena almofada cilíndrica entre as pernas. É aconselhável também evitar atividades de impacto ou carga demasiada.
Pesquisas demonstram que a prótese total do quadril pode melhorar a qualidade da atividade sexual, porém o medo de deslocamento da prótese e a vergonha em discutir esse assunto com o cirurgião podem gerar insegurança na hora de praticar.
O tempo médio orientado entre a cirurgia e o início da atividade sexual varia de 6 a 8 semanas, mas alguns cuidados inicialmente devem ser tomados: travesseiros podem ser utilizados para conforto e apoio e algumas posições devem ser evitadas, tais como não flexionar o quadril acima de 90 graus e não cruzar as pernas.
Normalmente, o tempo médio necessário para voltar a dirigir após a cirurgia de prótese de quadril é de 6 semanas, porém deverá apresentar força e destreza no membro operado para que possa utilizar os pedais do veículo.
Por isso, é importante que o paciente sinta-se seguro e pronto para aceitar os riscos da condução e tenha liberação de seu médico para tal função.